Série C: Com Diego Torres, Guarani chega a 27 "gringos" em sua história
Diego Torres assinou contrato com o Bugre até dezembro de 2026 e já está integrado ao elenco
Com a chegada do experiente argentino, o Guarani amplia a sua diversidade internacional

Campinas, SP, 10 (AFI) – O Guarani atingiu uma nova marca histórica ao anunciar a contratação do meia argentino Diego Torres, de 34 anos. Com o reforço para a disputa da Série C do Campeonato Brasileiro, o clube de Campinas chega a 27 jogadores estrangeiros registrados ao longo de seus 114 anos de existência.
Diego Torres assinou contrato com o Bugre até dezembro de 2026 e já está integrado ao elenco comandado por Marcelo Fernandes. A previsão é que o camisa 10 esteja à disposição para a partida contra o Itabaiana, marcada para este domingo (15), às 19h, pela nona rodada da competição.
NOVIDADE! Futebol Interior agora está nos Canais do WhatsApp. Participe agora!
LEMBRA DELES?
Com a chegada do experiente argentino, o Guarani soma agora seis jogadores argentinos em sua história. O mais recente havia sido Alexis Alvariño, zagueiro/meia emprestado pelo Boca Juniors em 2022. Polivalente, jogou 27 partidas antes de seguir para o Remo.
Em 2004, o clube apostou em Leonel Liberman e Diego Loscri, mas ambos não deixaram saudades. Na década de 70, Raúl Bernao chegou do futebol argentino e defendeu o Bugre em 1972. O pioneiro foi o zagueiro Gritta, nos anos 1949–50, primeiro estrangeiro a vestir a camisa do Guarani.
LA TROPA
Curiosamente, um dos países com mais representantes estrangeiros na história recente do Bugre é a Colômbia, também com seis nomes. O mais emblemático é Richard Ríos, revelado no Flamengo, que jogou a Série B de 2022 pelo Guarani antes de se destacar no Paulistão de 2023 e ser vendido ao Palmeiras. Hoje, é jogador de seleção.
Antes dele, Pablo Armero vestiu a camisa bugrina após agem polêmica pelo CSA. Fez apenas três jogos antes da aposentadoria. Wason Rentería, campeão da Libertadores pelo Inter, ou rapidamente pelo Brinco em 2017, assim como Jhon Obregón (2014), conhecido como “Balotelli colombiano”.
Completam a lista Fabry Castro, meia de 2014 que atualmente joga Libertadores pelo Atlético Bucaramanga, e o goleiro Esteban Giraldo, que teve breve agem em 2016.
QUATRO NATURALIZADOS
A história do Guarani com a Guiné Equatorial é pouco conhecida, mas bastante singular. O clube teve quatro atletas naturalizados pelo país africano. Entre eles, Ricardinho e Adriano Garça chegaram em 2015. Ricardinho chegou a marcar pela seleção guineense e atuou sete vezes pelo Bugre. Adriano, zagueiro, não estreou.
Em 2014, o atacante Nena disputou 13 jogos após se destacar no XV de Piracicaba. Mas o caso mais marcante foi o de Claudiney Rincon, volante que chegou em 2008 e faleceu em 2013, vítima de malária contraída em viagem à África. Pelo Guarani, Rincon fez 45 jogos e 4 gols.
Outro também naturalizado é o recém contratado Cicinho. Brasileiro naturalizado búlgaro, o lateral também brilhou no Ludogorets, onde foi campeão nacional oito vezes e disputou competições como a Champions League e Europa League. Em 2020, vestiu a camisa da seleção da Bulgária, tornando-se o primeiro búlgaro da história do Guarani.
Além da Guiné Equatorial, a África teve um único outro representante no Bugre: o tunisiano Mahmoud Gadri, que jogou entre 1979 e 1980.
PRESENÇA CONSTANTE
O Paraguai foi representado por cinco jogadores, começando pelo atacante Vásquez, entre 1954 e 1956. Na década de 70, o goleiro Pérez, ex-Palmeiras, atuou ao lado do compatriota Patito.
Mais recentemente, Braian Samudio se destacou na Série B de 2017, marcando sete gols em 26 partidas, antes de se transferir à Turquia. No mesmo ano, jogou ao lado do também paraguaio Rogério Leichtweis, autor de um gol em sete jogos pelo clube.
URUGUAIOS E PERUANOS
O Guarani teve três uruguaios: o goleiro Léo Percovich (1995–96) e os zagueiros Sebastián e Mansilla, ambos em 2004. No Peru, o clube teve dois representantes: Juan Cominges, meia da seleção peruana em 2013, e o atacante Jesús Villalobos, artilheiro histórico do clube com 87 gols, atuando entre 1955 e 1958.
RARIDADES ASIÁTICAS
A presença asiática no Bugre é discreta, mas simbólica. Em 2016, os sul-coreanos Ji-Seok Kim e Kim Jae Wook chegaram como parte de um intercâmbio, mas não atuaram profissionalmente.
Em março desse ano, o japonês Ryuta Takahashi, revelado pelo Gamba Osaka, chegou ao Brinco de Ouro. Com 20 anos, ainda aguarda sua estreia oficial e pode ser aproveitado na Copa Paulista.
CADA VEZ MAIS INTERNACIONAL
Com agens por nacionalidades diferentes, o Guarani escreve mais um capítulo internacional em sua história com as chegadas de Diego Torres e Cicinho. De pioneiros como Gritta e Villalobos a nomes modernos como Ríos e Takahashi, o clube se consolida como uma ponte entre o futebol brasileiro e o talento estrangeiro.
Confira também:
- Apertado na Série C, Guarani reformula elenco na janela extra
- Maringá empresta titular para o Volta Redonda, na Série B
- Guarani contrata Mirandinha, atacante do Maringá, com vínculo até 2028
- Guarani negocia chegada do atacante Pedro Delvalle, do Paysandu
- Guarani encaminha acerto com zagueiro do Sport