Destaque do Morro, Mogli vira sensação em Indaiatuba e sonha com novas conquistas

Zagueiro destaque da Liga Campineira, Mogli vive grande fase no Amador de Indaiatuba após trajetória marcante no futebol de base e agem pela Bolívia.

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Mogli foi um dos pilares defensivos do Unidos do Campos Elíseos na Liga Campineira.

Campinas, SP, 26, (AFI) – Gabriel Mogli, ou simplesmente Mogli, como é conhecido nos campos de Campinas e região, foi um dos grandes destaques do Unidos do Campos Elíseos — o tradicional “Morro” — na última edição da Liga Campineira.

TALENTO DO MORRO

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Mogli vestiu a camisa do Unidos do Campos Elíseos e foi titular em toda a campanha invicta na fase de grupos da Liga Campineira.

Titular absoluto e referência na defesa, o jogador ajudou a equipe a alcançar uma campanha invicta na fase de grupos, com vitórias marcantes sobre o Boa Vista e o Cofa B, além de uma goleada na estreia.

“Estava embalado, confiante, fiz gol na estreia… Infelizmente fomos eliminados pelo Boa Vista na fase mata-mata, mas ali eu fiz a minha melhor partida do campeonato”, lembra Mogli, com orgulho do desempenho mesmo diante da queda. “Jogo grande é para quem tem personalidade. Contra time fraco, qualquer um aparece. Mas jogo grande é quando os monstros aparecem.”

EM ALTA

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Mogli é titular absoluto na zaga do Santa Cruz e e já se prepara para estrear na equipe principal.

Apesar da eliminação precoce, Mogli manteve o ritmo e hoje vive um dos melhores momentos de sua carreira, agora com destaque no futebol de Indaiatuba. Defendendo o Santa Cruz, na categoria de juniores, ele rapidamente se firmou como titular e virou um dos jogadores mais comentados da cidade.

“Cheguei na terceira rodada, o time ainda não tinha vencido. Na minha estreia, ganhamos de 2×1 e eu fiz gol. Depois, mais uma vitória e outro gol meu de cabeça. Agora já querem me colocar como titular também no amador principal da segunda divisão. A torcida está dando muita moral”, conta, entusiasmado.

O bom momento em Indaiatuba é só mais um capítulo da trajetória intensa de Mogli no futebol de várzea e na base. Com agens por Atlético Guaçuano, Mogi das Cruzes e XV de Jaú, o defensor experimentou ainda o Campeonato Paulista Sub-17 e sagrou-se campeão da Copa Floripa, com o Guarani, enfrentando clubes tradicionais como Avaí e Figueirense.

PERÍODO NA BOLÍVIA

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Mogli viveu um sonho ao com o Club Destroyers, da Bolívia, onde foi artilheiro no regional e chegou a treinar com o elenco profissional.

Mas a história de Mogli não se limita às fronteiras brasileiras. Em 2024, ele viveu uma experiência internacional marcante ao ar um ano na Bolívia, defendendo o Club Destroyers. Lá, foi artilheiro no campeonato regional e participou da pré-Libertadores Sub-20, chegando a treinar com o elenco profissional.

“Só não estreei no profissional por conta da documentação e do limite de estrangeiros. Eu era o sétimo, só podia seis… Mas vivi muita coisa lá. Me valorizavam demais, falaram até que, se eu ficasse dois anos, eu poderia jogar pela seleção boliviana. Foi um sonho.”

EXPERIENTE NO AMADOR

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Mogli fez história na Taça das Favelas: em 2022, viveu um drama com lesão; em 2023, deu a volta por cima, e foi campeão com o São Bernardo.

Outro capítulo importante da trajetória de Mogli é a sua participação na Taça das Favelas. Em 2022, ele defendeu o Santa Lúcia e foi destaque, com assistência e atuação segura, até sofrer um choque de cabeça que o tirou de campo e contribuiu para a eliminação nos pênaltis. No ano seguinte, deu a volta por cima ao se sagrar campeão com o São Bernardo, jogando como lateral-direito, posição onde brilhou ao dar assistência na final e converter o primeiro pênalti da decisão.

“Na Taça das Favelas Estadual, em São Paulo, converti três pênaltis na competição, sempre com muita frieza. É uma competição que marca muito. Fiz meu nome ali.”

ORIGEM DO APELIDO

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Mogli vestiu a camisa do Guarani pelo Projeto Bugrinho, onde foi campeão da Copa Floripa.

O apelido de Mogli surgiu de forma curiosa, ainda no Projeto Bugrinho, durante uma Copa Holambra com o Guarani. O treinador Rafael Alves, ao vê-lo em campo, soltou: “Mano, você parece o Mogli!” — e o apelido pegou, acompanhando Gabriel por todos os campos que ou.

Atualmente, com agens por vários clubes do amador, como Granada, São Bernardo, Vila Rica e PMR, Mogli busca consolidar seu nome cada vez mais. Sua meta é clara: “Fazer dinheiro jogando futebol, ser valorizado, ter visibilidade… Se aparecer uma oportunidade maior, eu agarro sem pensar duas vezes. Não desisti do meu sonho.”

Mesmo com o Morro não alcançando o título da Liga Campineira, Mogli segue firme e focado em novos desafios: “Como não conseguimos ganhar a Campineira, quero conquistar os próximos campeonatos. Só de ver as pessoas falando bem de mim e me valorizando, já é muito bom.”