Ao perdedor do dérbi, o recado: aceite que dói menos!

Perder um dérbi dói? Claro que dói. Machuca. Todavia, ultimamente tem sido uma dor com horas contadas

Perder um dérbi dói? Claro que dói. Machuca. Todavia, ultimamente tem sido uma dor com horas contadas

Dérbi - Campinas
É preciso saber vencer e perder Dérbi

O tempo a, torcida brasileira, dizia o saudoso narrador de futebol Fiori Gigliotti.

a e as coisas mudam, algumas para pior e outras para melhor.

Se o comportamento nos meios políticos e algumas sinalizações jurídicas implicam no trocadilho, repetido à exaustão, que ‘o poste faz xixi no cachorro’, no futebol há coisas que parecem imperceptíveis mudarem para melhor.

Se eu estiver enganado, corrijam-me, por gentileza.

Décadas adas, vivia-se o dérbi campineiro com mais intensidade. Eram frequentes as calorosas discussões de rivais em rodinhas na área central de Campinas, bares e pontos de encontro.

Aquele clima dava o tom do quão singular era o momento vivido até que a bola rolasse.

A importância do evento recomendava que dirigentes dos clubes zelassem pela preservação do dia e horário sagrados para a realização, ou seja, às 16h de domingo.

Preventivamente, levavam a imprescindível reivindicação a dirigentes da FPF (Federação Paulista de Futebol) e CBF, antes de inícios de competições.

Horário noturno? Apenas circunstancialmente.

TELEVISÃO

Sim, à época não havia a ingerência da televisão como hoje, consequentemente com liberdade maior às entidades organizadores de competições, para confecções de tabelas de jogos.

Agora, compreende-se que a televisão, compradora dos direitos de transmissão de jogos, queira fazer as devidas adaptações em sua grade de programação e seja partícipe da formatação de datas e horários de tabelas.

Apesar disso, convenhamos que uma prévia negociação sobre preservação do horário tradicional de dérbi poderia ocorrer.

E como o torcedor vivia o dérbi com mais intensidade, outrora a derrota era extremamente dolorida para simpatizantes de quaisquer dos clubes.

Era difícil absorvê-la. O sofrimento se arrastava por dias. Para alguns, havia até semelhança de luto de pessoas conhecidas.

Com o ar do tempo, o mundo ensinou às pessoas a reavaliarem comportamentos, algumas radicalizando até para a insensibilidade.

No caso específico do dérbi campineiro, aquela aflição de outrora nas derrotas ou a ser istrada, para não resultar em destempero.

DÓI MENOS

Perder um dérbi dói? Claro que dói. Machuca. Todavia, ultimamente tem sido uma dor com horas contadas.

Bem antes do sábio compositor Chico Amado produzir a magnífica canção ‘Aceita que Dói Menos’, em 2015, que ganhou notoriedade através do conjunto musical ‘Trio Parada Dura’, bugrinos e pontepretanos tiveram percepção que o remédio é aceitar.

Campinas é uma das raras cidades do País que derrota em dérbi ainda custa demissão de treinador, diferente de grandes centros que, apesar da rivalidade, a coisa é gerida com mais naturalidade.

Sem que se perca o momento ímpar do futebol de Campinas, com a realização do dérbi, convenhamos que alguns tabus ainda precisam ser derrubados.